Sou Poeta, quero Cantar!

sábado, 21 de fevereiro de 2015

GRITO

No Silêncio
Me curvo
Me curvo ao ócio do ruido
Mesmo ido ao contínuo
Sem razões
Descortino o saber

Querer estar
Querer ficar
Querer entrar
No mais profundo
Do meu ser
Ente sem mente

Semente
Que penetra o solo
Sem doer
Buscando o sangue
Seiva
Que transporta a vida

Sem nada mais
A ocultar
Sem falar
Me Conecto
Com a eternidade
E me transporto ao infinito

Silenciar
Para escutar
O sopro do vento que sopra
Que faz nascer
Que faz crescer
Que faz parir

Não quero mentir
Pois assim estaria
A repetir
Uma oração
Sem sintonia
Uma canção
Sem harmonia
Uma obsessão

Sou simplesmente
Um orar contente
Uma contemplação
Uma nova estação
Um cumprir
Um tempo
Uma razão de existir

Sem mesmo saber
Que meu silêncio
Grita...


Alvaro de Oliveira Neto
Fortaleza 21/02/2015

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