Nasceu como passarinho
E canta todos os dias
Sua melodia de passarinho
Ardia
Dia a dia
Sem cessar
A chama
Que lhe fazia viver e cantar
Como passarinho
Ter vontade de cantar
Era seu sonhar
Sua sina
E cantar
E cantar
E cantar
Mas
Como passarinho
Prisioneiro
De uma gaiola
Pode
Somente
Andar
Andar pela gaiola
E sonhar
Sonhar
Por inteiro
Sonhar um dia passarinho
Um dia
Passarinho livre
Um dia voar
E voar nos seus sonhos
E voar nos seus pensamentos
E voar
E voar
E voar
Nos seus pensamentos
Voar do amanhecer
Ao por do sol
E cantar
E cantar
Momentos
Alentos
Felicidade
Ventos
Correntes ascendentes
Ir e voltar
Em pensamento
Ao seu lugar
Lugar único
Que
Como passarinho
Conhecia
Na sua essência de passarinho
Podia
Sentir o ar
Sibilar nas suas penas
E fazê-lo voar
Nos ventos quentes
Nas correntes
De ar
Êxtase
Cumplicidade
Êxtase
Contemplação
Êxtase
Estar
Êxtase
Ser
Ser
Natureza primordial
Ter vontade de voar
E voar
E voar
E voar
E voar
E voar…
Ter vontade de ir embora
Ter liberdade
E ir embora
Ir embora
Ir embora
E sair por esse mundo afora
Sem pensar
Na sua condição passarinho
Na sua missão passarinho
Pousando a qualquer hora
Em qualquer lugar
Na primeira árvore que encontrar
No primeiro mangueiral
No primeiro cajueiro
De corpo inteiro
No primeiro coqueiral
E cantar
Pousar
E fazer o seu ninho
E cantar
Sem compromisso
Seu cantar
Mas prisioneiro
Sem ninho
Sozinho
Era ocio
Era assim
Na gaiola
Sem voar
Somente pular
De um lado para o outro
E pensar como passarinho
Sua liberdade
Sem vontade
Sem verdade
Sem ser
Oprimido
Pela gaiola
Que isola
Do mundo
Canta o seu chorar
Pensando como passarinho
Sozinho
Sem ninho
Sem voar
Chora o seu cantar
A voar como passarinho prisioneiro
De puleiro a puleiro
De puleiro a puleiro
De puleiro a puleiro
Na gaiola
Comprimida
Sua paz oprimida
Seu voo esquecido
Sem assas bater
Sem escolher
Sem pensar
Sem árvore para cantar
Sem ninho
Sem eternidade
A pensar como passarinho
Imaginando seu canto
De liberdade
E cantar
Na gaiola
Solitário
Na gaiola
Sua prisão
Que não contem
A sua alma
A voar
A voar
A voar
A voar
A voar
A voar
Na gaiola
Imaginação de passarinho
A voar
Longos voos
Sem caminhos
A pensar como passarinho
Nos seus voos
Incessantes
Eternos
Sem ninho
Sem liberdade
Sem carinho
Sem caridade
Sem passarinho ser
Morreu!
Morreu para vida
Sem saber
Sem saber
O que é voar
O que é liberdade...
Alvaro de Oliveira Neto
Fortaleza 31 de julho de 2015
E canta todos os dias
Sua melodia de passarinho
Ardia
Dia a dia
Sem cessar
A chama
Que lhe fazia viver e cantar
Como passarinho
Ter vontade de cantar
Era seu sonhar
Sua sina
E cantar
E cantar
E cantar
Mas
Como passarinho
Prisioneiro
De uma gaiola
Pode
Somente
Andar
Andar pela gaiola
E sonhar
Sonhar
Por inteiro
Sonhar um dia passarinho
Um dia
Passarinho livre
Um dia voar
E voar nos seus sonhos
E voar nos seus pensamentos
E voar
E voar
E voar
Nos seus pensamentos
Voar do amanhecer
Ao por do sol
E cantar
E cantar
Momentos
Alentos
Felicidade
Ventos
Correntes ascendentes
Ir e voltar
Em pensamento
Ao seu lugar
Lugar único
Que
Como passarinho
Conhecia
Na sua essência de passarinho
Podia
Sentir o ar
Sibilar nas suas penas
E fazê-lo voar
Nos ventos quentes
Nas correntes
De ar
Êxtase
Cumplicidade
Êxtase
Contemplação
Êxtase
Estar
Êxtase
Ser
Ser
Natureza primordial
Ter vontade de voar
E voar
E voar
E voar
E voar
E voar…
Ter vontade de ir embora
Ter liberdade
E ir embora
Ir embora
Ir embora
E sair por esse mundo afora
Sem pensar
Na sua condição passarinho
Na sua missão passarinho
Pousando a qualquer hora
Em qualquer lugar
Na primeira árvore que encontrar
No primeiro mangueiral
No primeiro cajueiro
De corpo inteiro
No primeiro coqueiral
E cantar
Pousar
E fazer o seu ninho
E cantar
Sem compromisso
Seu cantar
Mas prisioneiro
Sem ninho
Sozinho
Era ocio
Era assim
Na gaiola
Sem voar
Somente pular
De um lado para o outro
E pensar como passarinho
Sua liberdade
Sem vontade
Sem verdade
Sem ser
Oprimido
Pela gaiola
Que isola
Do mundo
Canta o seu chorar
Pensando como passarinho
Sozinho
Sem ninho
Sem voar
Chora o seu cantar
A voar como passarinho prisioneiro
De puleiro a puleiro
De puleiro a puleiro
De puleiro a puleiro
Na gaiola
Comprimida
Sua paz oprimida
Seu voo esquecido
Sem assas bater
Sem escolher
Sem pensar
Sem árvore para cantar
Sem ninho
Sem eternidade
A pensar como passarinho
Imaginando seu canto
De liberdade
E cantar
Na gaiola
Solitário
Na gaiola
Sua prisão
Que não contem
A sua alma
A voar
A voar
A voar
A voar
A voar
A voar
Na gaiola
Imaginação de passarinho
A voar
Longos voos
Sem caminhos
A pensar como passarinho
Nos seus voos
Incessantes
Eternos
Sem ninho
Sem liberdade
Sem carinho
Sem caridade
Sem passarinho ser
Morreu!
Morreu para vida
Sem saber
Sem saber
O que é voar
O que é liberdade...
Alvaro de Oliveira Neto
Fortaleza 31 de julho de 2015