Sou Poeta, quero Cantar!

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

DOURO

Vila Nova de Gaia
Fotografia Louise Nobrega de Oliveira


Às margens do Douro
Como ouro
Vejo a beleza a cantar
Como natureza

Voar a alma
Acalma o peito
O jeito de dar
A dor acalma

Sem cor
O rio corre no leito
Pedindo todo direito
De poder correr pro mar

Leve e doce
Suave e terno
os sons voam como ave
E pousam no meu eterno

Vou poder subir as ladeiras
Sem eiras, sem devaneios
Vou buscar o que eu semeio
Vou cantar o meu cantar

Levo a saudade que for
Dos lamentos, dos momentos
Do fogo que não me queima
Do vinho que não ficou

Ai, passos errantes
Na terra desconhecida
Nascedouro de diamantes
De sonhos nunca vividos

Passo o passo
No passo do meu passado
Estou certo, estou errado
Volto pra minha guarida