Sentar
sem sentir
sem escutar
sem ver
sem pensar
Na relva
como se fosse
selva
Receber
As caricias
Da briza
Da tarde
E sem alarde
Contemplar
No horizonte
O sol
A declinar
vendo o tempo
passar
vagarosamente
sem nada perceber
Buscar
Uma outra aurora
Num Suave
Tom
Sem hora
Cantar
Embalado
Pelo ar
Que mistura aromas
Do verde das folhas
Do frescor da água
canções
impressões
notas dissonantes
que se fazem alento
como o vento
como lagrimas
a escorrer
do pranto
transformando
o canto
o colorido primário
na tela celestial
em luz
Uma canção
Uma razão
Uma emoção
se desfaz
em devaneios
Um espelhar
De cores
Respinga
Odores
do véu
da bruma
do orvalho
O entardecer
Desfalece
Inebriado
Com o apagar
Do sol alado
Que inunda
O ocaso
De cores
Na fuga
trevas
escuridão
sensação
disforme
das formas
retilíneas e horizontais
No horizonte
o infinito
se desfaz
em finito
Meu olhar
Contempla
A beleza
A natureza
Seus encantos
sem nada pensar
sem agir
intuir
interagir
um vazio
toma conta
da alma
acalma
Não me isento
De murmurar
Um argumento
por que?
se estou só...
Sou o vento que flui
Sou a luz que encandeia
Sou o fogo que incendeia
Sou a terra que germina
Sou húmus que alimenta
Sou toda a cadeia
Sou ave sedenta
Alço um voo
fico a planar
nas longas
asas dos ventos
deslizando
momentos
sem medo
nas correntes
quentes
do velho Aracati
E neste
Devaneio
Que alimenta
Componho minha canção
mato a fome
no saciar
da oração
do escutar
sem nada
pedir
agradecer...
Na ação
No meu esteio
Nomeio
Sou fusão
Sou ebulição
Fogo que queima
Sou chama
Sou centelhas no ar
Sou voar
Sou
Somente
semente…
que cai na terra...
sou…
vida...
Sou
Eiva
Álvaro de Oliveira Neto
Orlando, 30/03/2015
sem sentir
sem escutar
sem ver
sem pensar
Na relva
como se fosse
selva
Receber
As caricias
Da briza
Da tarde
E sem alarde
Contemplar
No horizonte
O sol
A declinar
vendo o tempo
passar
vagarosamente
sem nada perceber
Buscar
Uma outra aurora
Num Suave
Tom
Sem hora
Cantar
Embalado
Pelo ar
Que mistura aromas
Do verde das folhas
Do frescor da água
canções
impressões
notas dissonantes
que se fazem alento
como o vento
como lagrimas
a escorrer
do pranto
transformando
o canto
o colorido primário
na tela celestial
em luz
Uma canção
Uma razão
Uma emoção
se desfaz
em devaneios
Um espelhar
De cores
Respinga
Odores
do véu
da bruma
do orvalho
O entardecer
Desfalece
Inebriado
Com o apagar
Do sol alado
Que inunda
O ocaso
De cores
Na fuga
trevas
escuridão
sensação
disforme
das formas
retilíneas e horizontais
No horizonte
o infinito
se desfaz
em finito
Meu olhar
Contempla
A beleza
A natureza
Seus encantos
sem nada pensar
sem agir
intuir
interagir
um vazio
toma conta
da alma
acalma
Não me isento
De murmurar
Um argumento
por que?
se estou só...
Sou o vento que flui
Sou a luz que encandeia
Sou o fogo que incendeia
Sou a terra que germina
Sou húmus que alimenta
Sou toda a cadeia
Sou ave sedenta
Alço um voo
fico a planar
nas longas
asas dos ventos
deslizando
momentos
sem medo
nas correntes
quentes
do velho Aracati
E neste
Devaneio
Que alimenta
Componho minha canção
mato a fome
no saciar
da oração
do escutar
sem nada
pedir
agradecer...
Na ação
No meu esteio
Nomeio
Sou fusão
Sou ebulição
Fogo que queima
Sou chama
Sou centelhas no ar
Sou voar
Sou
Somente
semente…
que cai na terra...
sou…
vida...
Sou
Eiva
Álvaro de Oliveira Neto
Orlando, 30/03/2015